quarta-feira, 21 de abril de 2010

Hino da Proclamação da República

Publicada no Diário Oficial de 21 de janeiro de 1890.
Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Miguez

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebei que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus
Seja um hino de glória que fale
Da esperança de um novo porvir.
Com visões de trunfos embale
Quem por ele lutando surgir
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Nós nem cremos que escravos outrotra.
Tenha havido em tão nobre país
Hoje o rubro lampejo da aurora.
Acha irmãos, não tanto hostis
Somos todos iguais, ao futuro
Saberemos unidos levar.
Nosso augusto estandarte, que puro
Brilha avante, da Pátria no altar
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Se é mistér de peitos valentes.
Haja sangue em nosso pendão.
Sangue vivo de herói Tiradentes.
Banzou este audaz pavilhão
Mensageiro de paz, paz queremos.
E de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos.
Heis de ver-nos lutar e vencer
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Do Ipiranga é preciso que o brado.
Seja um grito soberbo de fé.
O Brasil já surgiu libertado.
Sobre as púrpuras régias de pé
Eia pois, brasileiros, avante!
Verdes louros colhamos louçãos.
Seja o nosso país, triunfante.
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós
Das lutas, na tempestade
Dá que ouçamos tua voz

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